domingo, 29 de março de 2009

Amália Rodrigues - a diva do fado está viva


Amália Rodrigues, nasceu um dia, em Lisboa...
Amália nunca aprendeu a cantar,
Amália nasceu a cantar !
Desde criança, primeiro em frente ao avô, depois aos vizinhos e aos colegas da escola cantava tudo e mais alguma coisa. Aprendia depressa e nunca se enganava nas letras ou na música das canções que escolhia. Utilizava todas as fontes de inspiração: aprendia as melodias que ouvia na rua, as canções que a rádio popularizava e, sobretudo, os temas dos filmes que via no cinema.
No seu coração havia espaço para tudo: para os tangos, para as marchas, para o folclore e, é claro, para o fado... tinha voz para todas as canções que gostava de cantar e que cantou uma vida inteira.
Num tempo que é considerado a época de ouro do cinema português, o grande écran contou com a grande voz e a presença muito forte de Amália Rodrigues.
A sua carreira cinematográfica começa em 1947, no filme “Capas Negras”, ao lado de Alberto Ribeiro.
Amália levou para o fado grandes poetas portugueses...
Na altura, os mais puristas ficaram chocados. Muitos consideraram um ultraje levar para as casas de fado e fazer acompanhar a guitarra e à viola, por exemplo, o autor dos Lusíadas.
Mas, Amália não ligou e fez questão de cantar os maiores poetas nacionais. E ainda bem. A sua voz única tornou ainda mais conhecidos e próximos os melhores escritores do país.
São de David Mourão-Ferrreira os versos de “Libertação”, “Maria Lisboa” e “Barco Negro” entre outros. Amália cantou também “A Trova do Vento que Passa” de Manuel Alegre e “A Gaivota” de Alexandre O’Neill. E Pedro Homem de Melo escreveu “Povo Que Lavas no Rio”. José Carlos Ary dos Santos também esteve entre as preferências de Amália que escolheu cantar “Meu Amor, Meu Amor”. E “Com Que Voz” cantou Camões.... !
Ao longo de toda a sua carreira Amália Rodrigues pisou diferentes palcos nos 4 cantos do mundo.Foi aplaudida, em França, no México, nos Estados Unidos, na Rússia, no Brasil e até em Timor...
A sua voz, a sua maneira de ser e de estar mereceram aplausos em todas as línguas. Através dela o fado tornou-se uma linguagem quase universal.
A maior e mais aplaudida de todas as vozes da música portuguesa calou-se para sempre em Outubro de 1999. Restam os discos, as inúmeras gravações que deixou, os filmes e os espectáculos que quem viu nunca mais consegue esquecer.
in http://www.radiosim.pt/







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